Qualquer bem de consumo perde o valor ao longo do tempo, após a sua aquisição. Esse é o fenômeno chamado de depreciação e influencia o preço de revend
Qualquer bem de consumo perde o valor ao longo do tempo, após a sua aquisição. Esse é o fenômeno chamado de depreciação e influencia o preço de revenda de qualquer veículo. Aliás, esse fator é também o responsável pela desvalorização de carros em concessionárias.
Contudo, quando consideramos sob o ponto de vista comercial, esse cenário reduz a margem de lucro e afeta a política de preços. Quando os clientes pesquisam opções de veículos, um dos aspectos a serem avaliados é o nível de desvalorização anual para medir a relação custo-benefício, ou seja, será que vale a pena pagar aquele valor por esse produto?
Por esse motivo, o gestor de uma agência de veículos deve buscar formas de preservar o patrimônio sob sua responsabilidade. Nesse sentido, resolvemos separar as principais informações que você precisa saber sobre desvalorização e como evitá-la.
Neste artigo, você saberá, por que os veículos sofrem depreciação, quais fatores causam a desvalorização de carros e como impedir esse tipo de prejuízo. Continue lendo e confira as nossas dicas sobre o assunto.
Por que os carros sofrem depreciação?
A primeira razão para a depreciação é a relação entre oferta e demanda. Ou seja, quanto mais um veículo é procurado, menor será a perda de valor ao decorrer do tempo. Essa situação pode ser observada na revenda de carros populares que encontram um novo dono com maior facilidade.
Quais fatores causam a desvalorização de carros?
Na gestão de uma concessionária, é fundamental buscar formas de atenuar a perda de valor das mercadorias na venda. Por isso, nesse tópico, separamos alguns dos principais fatores que podem causar a desvalorização de um veículo. Entenda.
1. Elevada quilometragem
A quilometragem percorrida por um veículo indica mais do que a distância dirigida desde a sua aquisição, ele pode ser crucial para saber como o carro foi tratado ao longo dos anos. Basicamente, ele é um indicador que revela estes dados:
- o número de substituições dos pneus;
- o fim do período de garantia do fabricante;
- o desgaste de peças como amortecedores e pastilhas.
Por esse motivo, esse é um dos principais aspectos analisados no momento da precificação para revenda.
2. Ausência de itens adicionais
Já falamos como os carros mais novos tendem a ser valorizados por contarem com equipamentos mais modernos. Porém, a ausência desses itens afetam de forma significativa o valor de revenda do modelo em questão. Nesse caso, o número de airbags instalados e a falta de controle automático fazem a diferença no momento de negociar os preços.
Essa regra também vale para o equipamento de multimídia, pois essa é uma tendência que está em crescimento e pode se tornar um item padrão.
3. Danos na pintura
Pequenos riscos e batidas pouco perceptíveis são sinais naturais de uso de veículo que podem acontecer mesmo com o proprietário mais cuidadoso. Isso não quer dizer que há necessidade de retocar a pintura no momento da venda.
A manutenção da pintura original também tem mais valor do que um veículo personalizado para os gostos do dono anterior. Isso ocorre porque esse tipo de bem não apresenta boa receptividade do mercado, o que leva a sua desvalorização.
4. Manutenção do veículo
Esse fator é ainda mais relevante em veículos seminovos que têm pouca procura. Isso ocorre porque os veículos mais novos e, consequentemente, mais modernos obtêm maior interesse dos consumidores.
Nesse caso, a manutenção tem maior influência em modelos mais antigos que tendem a permanecer no pátio por mais tempo. Essa é uma medida que contribui para o aumento da durabilidade e para o potencial de venda.
5. Presença de ruídos
Uma coisa que pode auxiliar a desvalorização do carro é presença de sons estranhos durante o seu funcionamento. Mesmo que esses barulhos apareçam de repente, em situações em que seja necessário utilizar toda a capacidade do carro.
Esses ruídos podem indicar para o novo comprador que há problemas na mecânica do carro. O que significa que ele terá que gastar um pouco mais para consertá-lo caso resolva adquiri-lo. Ele provavelmente perderá o interesse se houver essa possibilidade.
6. Excesso de customização
Claro que entendemos que o carro é um item pessoal e que, muitas vezes, querer customizá-lo para torná-lo mais a sua cara é uma vontade. No entanto, se o seu objetivo é vendê-lo em algum momento, essas customizações podem desvalorizá-lo e se tornar um prejuízo posterior.
O mercado de revenda de carros tem um apreço maior para veículos que mantêm suas características originais, mas não é só isso: elas precisam estar bem conservadas. Nesse sentido, alterar a cor do carro, mudar a lataria etc. pode não ser uma boa ideia.
7. Cor impopular
Falamos sobre cor no tópico anterior, mas vamos reforçar como a coloração é um fator essencial para a valorização do carro. Cores mais sólidas ou básicas são as preferidas dos motoristas.
No Brasil, por exemplo, cores como prata e preto têm mais chance de aceitação do que cores como rosa ou amarelo. Além disso, vermelho e azul não costumam agradar tanto os compradores. Sendo assim, prefira manter as cores mais neutras e menos chamativas se a sua intenção é revender o veículo.
8. Atenção com a marca
Carros nacionais costumam ter mais chances de serem revendidos. Isso acontece porque os compradores acham difícil adquirir peças de veículos de alguma marca importada. Além disso, automóveis populares tendem a ter um custo-benefício mais interessante para os compradores do que os estrangeiros.
Outra questão é que marcas mais conhecidas pelo público são as que têm muito mais chances de serem revendidas. Empresas como Fiat, GM, Volkswagen e Ford são mais aceitas pelos brasileiros. Já marcas como Toyota e Honda têm menos desvalorização do que as francesas Citröen e Renault, por exemplo.
9. A conservação
O estado do carro é um ponto fundamental para ser analisado antes de revendê-lo. Batidas, riscos, falta de peças, todos os esses problemas devem ser consertados, pois influenciam muito no preço final do bem. Além disso, seja honesto na hora de determinar o valor financeiro, caso o automóvel não esteja em perfeitas condições.
A comercialização de veículos usados não é uma ciência exata, desde fatores estéticos até as condições de rodagem podem ser consideradas para o cálculo da desvalorização de carros. Inclusive, a situação econômica pode ser responsável pela queda nas vendas.
Cabe ao gestor desenvolver estratégias para se destacar nesse setor, que é extremamente competitivo. Procurando manter a revisão do carro sempre em dia para garantir a sua conservação e evitar modificações, além de investir para a modernização de seus equipamentos, ele terá sucesso nesse empreendimento.
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