A popularização do digital não só afetou a forma como temos acesso às informações, como também mudou a maneira que realizamos as operações financeiras
A popularização do digital não só afetou a forma como temos acesso às informações, como também mudou a maneira que realizamos as operações financeiras, inclusive, de compra e venda. Sendo assim, os meios eletrônicos de pagamento não só se tornaram uma realidade, mas ficaram bastante populares. Um exemplo disso é o quanto os cartões de crédito são utilizados hoje em dia no Brasil — só neste trimestre, o uso cresceu 14%.
Essa pode ser uma forma de aumentar a segurança nas operações financeiras, economizar custos, evitar fraudes e ainda tornar as transações rastreáveis. Por isso, decidimos contar para você quais são os principais meios eletrônicos de pagamento e os benefícios dessa tecnologia. O que acha de continuar com a gente neste post?
O que são meios eletrônicos de pagamento?
De maneira geral, qualquer tipo de transação financeira para adquirir um produto ou serviço que acontece de forma digital é considerado um meio de pagamento eletrônico. Isso vale para depósitos, débito automático e até compras por meio de boleto.
Com alguns cliques é possível fazer e confirmar transações em poucos minutos. Graças a essa facilidade que os meios proporcionam, a experiência de comprar produtos na internet, inclusive de outros países, é facilitada.
Quais são os principais meios eletrônicos de pagamento?
Cartão
Um meio não tão novo assim, criado em 1950 nos EUA pela Diners Club International, o cartão é uma forma de pagamento bastante popular. O modo de funcionamento, tanto do exemplar de débito quanto de crédito, é praticamente o mesmo, o que muda é o acesso ao dinheiro. Enquanto no primeiro é preciso que o comprador tenha a quantia na sua conta, o segundo funciona como uma espécie de empréstimo imediato.
Além dessas duas alternativas, há também opções de cartões pré-pagos, em que o valor é definido antecipadamente — os elaborados por grandes lojas, como os “private label”, que são específicos para um tipo de estabelecimento e oferecem vantagens exclusivas para os seus donos.
Transferência
A principal característica da transferência é que, assim que a compra é confirmada, é feita uma ordem de pagamento para descontar o valor da conta do usuário. É a mesma coisa que ir ao banco e fazer uma movimentação para outra conta, a diferença é que tudo é feito de maneira online — as formas de fazer esse tipo de operação são o TED (Transferência Eletrônica Disponível) e o DOC (Documento de Crédito).
DOC
O DOC é uma modalidade de transferência que pode ser feita pela web por meio do Internet Banking. Ainda assim, não serve para operações caras ou urgentes — demora um dia útil e só promove valores abaixo da casa dos 5 mil reais. Além disso, a maior parte dos bancos faz uma cobrança na transação.
TED
O TED transfere valores de forma instantânea, mas desde que a solicitação aconteça antes das 17 horas em dias úteis. Não existe limite financeiro aqui, ou seja, você pode transferir o valor que quiser. As taxas funcionam de forma similar às cobranças do DOC, sendo incluídas nos pacotes de serviço das contas.
Débito em conta
Nesse caso, o cliente autoriza que o estabelecimento faça um débito em sua conta para pagar um produto ou serviço. Uma das possibilidades oferecidas pelo débito é a de automatizar a cobrança, assim, as obrigações podem ser liquidadas periodicamente.
Mobile
Os dispositivos móveis já fazem parte da vida das pessoas e oferecem o acesso ao mundo — e isso não seria diferente em relação às transações. Uma tendência que está se popularizando é a possibilidade de fazer pagamentos usando esses dispositivos.
Por meio da tecnologia NFC, esses aparelhos podem confirmar pagamentos apenas entrando em contato com a máquina de cartão, facilitando muito essas operações para os lojistas. Um dos únicos entraves é a necessidade de que os dispositivos tenham essa tecnologia, assim como as empresas tenham máquinas de cartão que o aceitem.
Moedas eletrônicas
Você já deve ter ouvido falar nas moedas eletrônicas ou criptomoedas, não é mesmo? E se você tem acompanhado os noticiários, certamente reparou em como o assunto ficou em alta nos últimos anos. No entanto, será que essa forma de tecnologia merece tanta atenção? A resposta tende a caminhar para o “sim”.
Afinal, do que se tratam as moedas? De forma geral, funcionam em redes “peer to peer”, o mesmo modelo usado no download de arquivos Torrent. O modelo é inteiramente descentralizado e independente. O que isso significa? Quando utiliza dinheiro físico, está sujeito às políticas monetárias do país, certo?
Com a moeda eletrônica, as coisas funcionam de forma um pouco diferente. Isso porque seu funcionamento acontece apenas na internet, sem passar por intermediários como bancos e governo. Nesse caso, não há burocracia na transação e as coisas acontecem de forma virtual.
Blockchain
O blockchain é um conceito que ainda está ligado às moedas eletrônicas e ajuda a trazer segurança para transações digitais. Serve como um “livro contábil”, onde as movimentações ficam registradas. Pense da seguinte forma: vários dados podem ser alterados e fraudados no ambiente virtual, certo?
Por exemplo, gastar a mesma moeda várias vezes. As informações são armazenadas em blocos com assinaturas digitais que garantem sua autenticidade por criptografia. O posterior conta com a “hash” do anterior, criando uma combinação muito difícil de ser violada — além de transformá-la em uma pequena quantidade de dados.
Assim como as moedas digitais, o blockchain não está centralizado e conta com vários computadores que operam de forma individual. O uso não está ligado apenas ao pagamento — podendo ser usado para validar documentos e trocas de ações.
Private label e co-branded
O private label é um plano de crédito diferente dos cartões comuns. Geralmente, é gerenciado por uma empresa ou instituição financeira e é distribuído para empresas que lidam com varejo. A ideia é ter um uso exclusivo para a própria empresa e é muito comum em lojas de departamento.
Ainda assim, o private label não serve apenas para um estabelecimento comercial — podendo ser usado em lojas de toda a rede. Esse cartão dispensa a bandeira e seu principal objetivo é a fidelização.
Quando emitido com uma bandeia, se torna co-branded. Nesse caso, a compra pode ser feita em outros estabelecimentos e seu uso funciona como o de um cartão de crédito normal. Aqui, a anuidade é cobrada normalmente e o processo de emissão é um pouco mais burocrático, traçando o perfil de pagador do cliente.
Quais os benefícios de utilizar essas tecnologias no negócio?
Existem muitas vantagens de usar essas ferramentas para as vendas do seu empreendimento. Neste tópico, nós separamos as principais. Entenda!
Mais segurança
Vender só com dinheiro pode ser muito complicado, principalmente em um país tão violento como é o Brasil, em que assaltos são constantes. Optar por meios alternativos de pagamentos é uma forma de investir na segurança do seu negócio e também da sua vida. Além disso, se perde menos tempo e auxilia nos controles das contas.
Diminuição de fraudes
Apesar de ser pouco frequente, dinheiro falso ainda existe e pode ser repassado. Por isso, não é incomum que as caixas de estabelecimentos, quando recebem uma quantia grande, sempre chequem as notas de grande valor para saber se são verdadeiras.
Com os meios eletrônicos de pagamento esse tipo de situação não acontece e, assim, as chances de receber dinheiro falso são nulas. Afinal, mesmo que o consumidor não tenha saldo, a transação é cancelada na hora, evitando problemas para o vendedor.
Flexibilidade para o vendedor e para o cliente
De fato, obter alternativas que vão além do dinheiro e possibilitam ao consumidor realizar seu pagamento sem entraves é uma forma de praticidade. Você facilita não só o pagamento, mas, também, impede que, por não ter dinheiro em espécie no momento, o comprador deixe de adquirir o seu produto/serviço. Dessa forma, é possível garantir a venda e que seu cliente saia satisfeito.
Redução de tempo das filas
Tanto o uso de cartão de crédito quanto de débito pode auxiliar muito na agilidade dos caixas da sua empresa. Afinal, é um meio de pagamento automático e não precisa de troco, o que significa menos tempo de espera no caixa e mais vendas em um curto prazo.
Como escolher os meios de pagamentos para a sua empresa?
Nós, ao longo deste texto, mostramos alguns exemplos de meios eletrônicos de pagamento, como o cartão de crédito, transferências e mobile. Queremos destacar que, antes de escolher qualquer um, é preciso que você avalie qual é a sua necessidade.
Em muitos casos, ter uma máquina de cartão própria já pode facilitar muito as operações e ser o suficiente. Porém, se o objetivo é venda online, é interessante obter mais de uma forma, como boletos ou transferência bancária para dar mais comodidade para os seus consumidores.
Não se esqueça de que os meios de pagamentos têm taxas de serviço. Deixamos claro que os valores citados aqui podem ter variações dependendo da instituição. O boleto, por exemplo, cobra R$ 4,00 por emissão. Já o cartão de crédito, além de uma mensalidade de R$ 100,00, ainda há uma taxa de 4% sobre a fatura. O débito em conta, custa em torno R$ 0,50 por transação confirmada.
O que acha de aprender ainda mais sobre pagamento e análise de crédito? Então, leia nosso texto sobre qual é a melhor medida com devedores!
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